Até o início do século XX
Antes de pensar na história da cartografia é importante,
conceituar o que é cartografia. Conjuntos de técnicas e a arte de expressar
graficamente o conhecimento humano da superfície terrestre por meio de
representações gráficas. Sendo responsável pela produção, difusão, utilização e
estudo dos mapas.
A utilização de mapa para
representação do espaço é mais antiga que a própria escrita, pois antes mesmo
da escrita o homem já utilizava imagem rupestre, para representar o
espaço. Algumas dessas representações são datadas antes mesmo da pré-história
com cerca de 40000 a.C..
Com o passar do
tempo, o homem desenvolve técnica e começa produzir mapas em placas de barro. E
o mapa mais antigo que se tem registro é o mapa de Ga-Sur, feito de argila
cozida de 7x8 cm datado 2.500 a.C. e nele é representada a região de vale,
provavelmente do rio Eufrates, na antiga região mesopotâmia [1].
O mapa apresenta atual região do Iraque.
O mapa de Bedolina é outra
representação cartográfica muito importante, pois, apresenta uma riqueza em
detalhes, tais como: topográficos e toda estrutura social camponesa. Ele é
datado com 1500 a.C.
Com uma contribuição muito grande
para a cartografia, no poderíamos deixar de fora desta seleção o mapa de Eratóstenes
200 a. C., pois ele representa a Ásia maior que a Europa, além de ser pioneiro
na utilização de métodos matemáticos na cartografia, com a presença de paralelos
e meridianos.
Considerado o último grande
cientista grego, Cláudio Ptolomeu foi astrônomo, físico, matemático e geógrafo,
contudo, suas contribuições na geografia foram fundamentais e de extrema importância, pois em sua famosa
obra Geographia (87a.C.)em oitos volumes, na qual ele inclui o sistema
de coordenadas (latitude e longitude), inventor das projeções cônicas, defendeu
a esfericidade e projeções de globos da terra e o modelo Geocentrismo. O
mapa de Ptolomeu foi feito em pergaminho, que mostra uma evolução nas técnicas
utilizadas na elaboração de mapas.
Durante a idade média, a produção cartográfica
ficou estagnada, com forte influência da igreja católica. Uma produção cartográfica
relevante durante esse período é o mapa T-O. No qual retrata três continentes
(Europa, Ásia, África) e tem a cidade de Jerusalém ao centro, mostrando grande
influência da igreja na cartografia daquele período.

As principais características dos mapas
Portulanos.
ü Rotas
marítimas.
ü Presença
de muitas rosas-dos-ventos.
ü Presença
de muitas representações temática, tais como: bandeiras, brasões, vegetação,
rios e etc.
A "Projeção Cilíndrica de Mercator" surgiu com o
objetivo de facilitar a navegação, oferecendo uma representação do mundo, onde
uma linha reta na carta correspondesse a uma reta de igual rumo no oceano.
Tratava-se, portanto, de uma carta orientada.
Com o surgimento da impressa no século XVII,
possibilitou a padronização dos mapas e
uma produção em maior número.
No início do século XX, um marco importante foi a criação da carta ao milionésimo, pois ela possibilitou a divisão da terra em quadrante iguais, facilitando e padronizando o mapeamento de forma geral.
Com o adjunto da evolução da técnica e da tecnológica, a ciência cartográfica avançou muito. O Sistema de Informações Geográficas - SIG, com imagens de satélite e softwares, que moderniza cada vez mais a confecção de mapas. Contudo, isso é assunto para outro post. Pois iremos aprofundar neste assunto.
[1]Mesopotâmia-
Palavra oriunda do grego, que a simples tradução é meio e terra. Ou seja,
“terra entre rios”. A citação no texto faz referência a região entre os rios
Tigres e Eufrates.
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