domingo, 13 de abril de 2014

Historicidade Cartográfica


Até o início do século XX

Antes de pensar na história da cartografia é importante, conceituar o que é cartografia. Conjuntos de técnicas e a arte de expressar graficamente o conhecimento humano da superfície terrestre por meio de representações gráficas. Sendo responsável pela produção, difusão, utilização e estudo dos mapas. 
A utilização de mapa para representação do espaço é mais antiga que a própria escrita, pois antes mesmo da escrita o homem já utilizava imagem rupestre, para representar o espaço. Algumas dessas representações são datadas antes mesmo da pré-história com cerca de 40000 a.C..
Com o passar do tempo, o homem desenvolve técnica e começa produzir mapas em placas de barro. E o mapa mais antigo que se tem registro é o mapa de Ga-Sur, feito de argila cozida de 7x8 cm datado 2.500 a.C. e nele é representada a região de vale, provavelmente do rio Eufrates, na antiga região mesopotâmia [1]. O mapa apresenta atual região do Iraque.

O mapa de Bedolina é outra representação cartográfica muito importante, pois, apresenta uma riqueza em detalhes, tais como: topográficos e toda estrutura social camponesa. Ele é datado com 1500 a.C. 



Com uma contribuição muito grande para a cartografia, no poderíamos deixar de fora desta seleção o mapa de Eratóstenes 200 a. C., pois ele representa a Ásia maior que a Europa, além de ser pioneiro na utilização de métodos matemáticos na cartografia, com a presença de paralelos e meridianos.



Considerado o último grande cientista grego, Cláudio Ptolomeu foi astrônomo, físico, matemático e geógrafo, contudo, suas contribuições na geografia foram fundamentais e  de extrema importância, pois em sua famosa obra Geographia (87a.C.)em oitos volumes, na qual ele inclui o sistema de coordenadas (latitude e longitude), inventor das projeções cônicas, defendeu a esfericidade e projeções de globos da terra e o modelo Geocentrismo. O mapa de Ptolomeu foi feito em pergaminho, que mostra uma evolução nas técnicas utilizadas na elaboração de mapas.


Durante a idade média, a produção cartográfica ficou estagnada, com forte influência da igreja católica. Uma produção cartográfica relevante durante esse período é o mapa T-O. No qual retrata três continentes (Europa, Ásia, África) e tem a cidade de Jerusalém ao centro, mostrando grande influência da igreja na cartografia daquele período.



A presença da igreja atrapalhou o desenvolvimento das ciências em geral, a da cartografia não foi diferente. Além do fato, da história ocidental, não contar e a história oriental, poucos estudamos os mapas dos orientais.

Abu Al-Qasim Muhammad Ibn Hawqal -980  e o  Mapa mundi de muhamad Al Idrisi- 1154

Com a expansão marítima, a ciência cartográfica, teve uma novamente um momento de auge, pois, a necessidade de se lançar ao mar dos países europeus, levou a cartografia ter consideráveis avanços. O mapa que marca esse momento é o mapa Portulano.

 As principais características dos mapas
Portulanos.
ü  Rotas marítimas.
ü  Presença de muitas rosas-dos-ventos.
  ü  Presença de muitas representações temática, tais como: bandeiras, brasões, vegetação, rios e etc.
A "Projeção Cilíndrica de Mercator" surgiu com o objetivo de facilitar a navegação, oferecendo uma representação do mundo, onde uma linha reta na carta correspondesse a uma reta de igual rumo no oceano. Tratava-se, portanto, de uma carta orientada.

Com o surgimento da impressa no século XVII, possibilitou  a padronização dos mapas e uma produção em maior número.

No início do século XX, um marco importante foi a criação da  carta ao milionésimo, pois ela possibilitou a divisão da terra em quadrante iguais, facilitando e padronizando o mapeamento de forma geral.
Com o adjunto da evolução da técnica e da tecnológica, a ciência cartográfica avançou muito. O Sistema de Informações Geográficas - SIG, com  imagens de satélite e softwares, que moderniza cada vez mais a confecção de mapas. Contudo, isso é assunto para outro post. Pois iremos aprofundar neste assunto.



[1]Mesopotâmia- Palavra oriunda do grego, que a simples tradução é meio e terra. Ou seja, “terra entre rios”. A citação no texto faz referência a região entre os rios Tigres e Eufrates.




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